quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A mobilidade urbana pede socorro

O tráfego urbano se transformou num dos grandes problemas da humanidade. Afeta todas as classes sociais, as categorias profissionais, a qualidade de vida e gera custos sociais tangíveis e intangíveis. Provoca mudanças culturais e comportamentais de todas as formas, tais como a proliferação dos escritórios virtuais, o maior uso da Internet para fins comerciais e uma intensa utilização de teleconferências. A movimentação física nos grandes centros urbanos está comprometida.

O governo, em todos os níveis, tem dificuldades de adaptar a infra-estrutura à crescente frota urbana. Nos últimos 10 anos, enquanto a frota cresceu 25%, a infra-estrutura cresceu somente 6%. Para se ter uma idéia do que isso significa, somente a cidade de São Paulo adiciona cerca de 800 carros por dia na sua frota de mais de 6 milhões de veículos. Alguns especialistas alertam que, se tudo continuar exatamente como está, a cidade pára em cinco anos.

A solução, infelizmente, não é simples, nem imediata e muito menos barata. Depende de ações coordenadas e integradas de vários setores do governo, da sociedade e da indústria. Uma das ações que a Engenharia da Mobilidade está propondo é o desenvolvimento de veículos urbanos, ultracompactos e com grande número de tecnologias embarcadas, que aumentam a interação do veículo e passageiros com sistemas de informações virtuais. Além destas, outras tecnologias tentam aumentar o conforto interno para amenizar o desgaste e a perda de tempo durante os deslocamentos.

Algumas tecnologias já estão disponíveis e ajudam muito no tráfego urbano, como melhor ergonomia, sistemas de direção assistida, câmbios automáticos ou automatizados, ar condicionado eletrônico, vidros laminados com películas isolantes de calor, melhores materias para isolamento térmo-acústico, novos materiais para os painéis internos, computador de bordo interagindo com celulares e sistemas de sonorização interna.

Outra proposta é a maior interatividade do veículo e ocupantes com sitemas de GPS e Internet, permitindo aos condutores determinarem rotas alternativas para minimizar os engarrafamentos e lentidões, além de outras atividades que podem ser realizadas em tempo real.

Em outubro o Congresso SAE BRASIL, no qual o tema serã tratado com representantes de entidades que podem contribuir para a formulação de um plano de ação estratégico.
Agende-se de 7 a 9 de outubro, em São Paulo.
Para mais informações acesse: http://www.saebrasil.org.br/

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